Sindmetau promove palestra sobre o Golpe de 1964

O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região realizou 30/04, as 17h30, a palestra “O que não te contaram sobre o golpe de 1964 e a Democracia”. A atividade foi promovida em conjunto com a subsede da CUT Vale do Paraíba e a Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT São Paulo.

O evento integra a programação comemorativa dos 65 anos do Sindicato. O palestrante, o ex-deputado federal José Genoíno falou sobre a ditadura militar que durou 21 anos no Brasil (1964-1985) e contra a qual lutou, chegando ser preso de 1972 até 1977. José Genoíno é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Foi eleito pela primeira vez como deputado federal por São Paulo em 1982. Depois foi reeleito sucessivamente em 1986, 1990, 1994. Em 1998, Genoíno foi o candidato mais votado do Brasil, com 307 mil votos. “Falar dos 60 anos do golpe militar se faz necessário para que todos conheçam a história do Brasil e possam compreender que é muito importante lutar pela manutenção da nossa democracia”, disse o assessor político do Sindmetau, Luiz Rodrigues (Luizinho).

O presidente do Sindicato, Claudio Batista, o Claudião, explicou que promover a palestra sobre o golpe militar faz parte do papel da entidade. “Nós temos obrigação de levar conhecimento para os trabalhadores e para a população em geral.” Claudião lembrou ainda a importância do evento para o Sindmetau. “A palestra é uma das atividades pelos 65 anos do nosso Sindicato. Uma data que merece ser muito comemorada, afinal são mais de seis décadas lutando pelos metalúrgicos e metalúrgicas de Taubaté”, afirmou.

A Ditadura também ficou marcada como um período extremamente corrupto, uma vez que não havia liberdade para investigar os atos do governo. A desigualdade social disparou e índices da economia – como a dívida externa – agravaram-se bastante.

História

O Golpe de 1964, também conhecido como Golpe Civil- Militar de 1964, foi realizado pelas Forças Armadas do Brasil contra o então presidente João Goulart. Esse golpe contou com o apoio de uma parcela dos quadros civis do país e foi articulado entre 31 de março, quando se iniciou a rebelião militar, e 9 de abril, quando foi publicado o Ato Institucional nº 1 (AI-1).

O Golpe Militar conduzido entre 31 de março e 2 de abril de 1964 foi uma conspiração realizada pelos militares contra o governo de João Goulart. O conchavo contra esse presidente aconteceu por conta da insatisfação das elites com os projetos realizados nesse governo, em especial as Reformas de Base. Além disso, contou com a participação americana, pois os Estados Unidos entendiam que a política de João Goulart não atendia aos interesses americanos. Sendo assim, financiaram instituições e campanhas de políticos conservadores a fim de minar o governo de João Goulart. Com a deposição de João Goulart realizada pelo golpe parlamentar, oficializou- se o Golpe Militar de 1964. Os militares, então, apresentaram à nação o Ato Institucional nº 1, que criava mecanismos jurídicos para justificar a tomada de poder. Pouco tempo depois, por meio de eleição indireta, o marechal Humberto Castello Branco foi eleito presidente.

O Golpe Militar foi uma conspiração realizada pelos militares brasileiros e por grupos conservadores da elite econômica do país contra o presidente João Goulart, empossado no cargo em 1961, quando Jânio Quadros renunciara à presidência. Com a mobilização de tropas, os militares tomaram o controle de locais estratégicos do país e, apoiados por parlamentares, derrubaram de maneira inconstitucional o presidente do Brasil. Pouco tempo depois, um presidente foi escolhido por eleição indireta. O golpe de 1964 deu início à Ditadura Militar, que se estendeu até 1985. A crise política no governo de João Goulart iniciou-se pouco antes de sua posse. O político gaúcho teve de enfrentar uma forte oposição à sua nomeação como presidente, que aconteceu depois da renúncia de Jânio Quadros.

Assim, surgiu uma crise política que deu início à campanha da legalidade, deixando o país sob a ameaça de uma guerra civil. A solução encontrada foi permitir a posse de João Goulart sob um regime parlamentarista, que limitava os poderes políticos do presidente. Esse período estendeu-se de setembro de 1961 a janeiro de 1963 e foi substituído pelo presidencialismo, sistema escolhido pela população em plebiscito. O governo de João Goulart foi caracterizado por uma forte radicalização ideológica do país que culminou em uma conspiração golpista organizada por grupos conservadores, dando início ao Regime Militar. Quando João Goulart assumiu, seus dois grandes desafios foram controlar a inflação e pagar a dívida externa.

O governo de João Goulart ficou conhecido por organizar um projeto de reformas estruturais chamado Reformas de Base. Esse plano visava a organizar reformas em diversos aspectos, incluindo áreas cruciais, como agrária, educacional, bancária, urbana, etc. Entre as pautas reformistas defendidas nas Reformas de Base, o projeto que mais gerou debates foi a reforma agrária. O Golpe de 1964 teve como grande consequência a instalação de uma ditadura, que se estendeu por 21 anos em nosso país. Nesse período, a Ditadura Militar ficou marcada como um regime repressor que perseguia cidadãos que se posicionavam contra o governo. Além disso, impunha censura sobre a produção cultural e intelectual do país.


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