Praia da Cocanha em Caraguá disputa prêmio “Melhores Vilas Turísticas” da ONU

A Praia da Cocanha, em Caraguatatuba, é uma das oito localidades brasileiras escolhidas para representar o Brasil na candidatura ao prêmio “Melhores Vilas Turísticas” da ONU Turismo. A iniciativa reconhece destinos que se destacam por boas práticas no turismo rural, com foco em sustentabilidade, preservação cultural e valorização das comunidades locais. A seleção é coordenada pelo Ministério do Turismo e visa identificar vilas com potencial para servir de modelo internacional. A Praia da Cocanha foi incluída por seu desenvolvimento do turismo de forma equilibrada, respeito ao meio ambiente e a identidade local. O reconhecimento coloca Caraguatatuba como um dos destinos turísticos voltados à valorização dos recursos naturais e culturais. Com isso, a Praia da Cocanha segue para a fase internacional da premiação e concorre com vilas de diversos países. O resultado será anunciado durante a reunião da Assembleia Geral da ONU Turismo, que será de 7 a 11 de novembro, na Arábia Saudita.

Situada na região norte do município, a Vila Turística dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha é um exemplo de Turismo de Base Comunitária, pautado no uso sustentável dos recursos naturais e no reconhecimento da história local. A comunidade atua ativamente na preservação e promoção da cultura caiçara, e incentiva práticas turísticas responsáveis, além do respeito aos saberes tradicionais que compõem sua identidade. Um dos destaques da vila é a Fazenda Marinha de Mexilhão, que realiza visitas guiadas, onde turistas e moradores têm a oportunidade de conhecer de perto as práticas de maricultura artesanal, além de visitar o rancho dos pescadores e maricultores. Ao final do passeio, os visitantes podem degustar pratos típicos preparados na hora, como o tradicional “lambe-lambe”, feito à base de mexilhão, uma das estrelas do tradicional Festival do Mexilhão realizado anualmente no município, que celebra a culinária e a cultura local.

Os maricultores comercializam o mexilhão fresco, e mesmo os pedidos sob encomenda são colhidos no dia da entrega, o que garante sabor e qualidade. Deles derivam diversos pratos que remetem à herança caiçara e fortalecem a identidade gastronômica da região. O valor da visita é R$ 70 por pessoa, com degustação de mexilhão incluída. Outros pratos à base de mexilhão são pagos à parte. As visitas são mediante agendamento, que pode ser feito diretamente com o presidente da Associação dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha (Amapec), José Luiz Alves, conhecido popularmente como “Zé”, pelo contato (12) 99767-2163.

Para quem deseja aproveitar a experiência do Turismo de Base Comunitária na Praia da Cocanha, a região oferece diversas opções de hospedagem que atendem a diferentes perfis de visitantes. É possível encontrar desde pousadas familiares, com atendimento acolhedor e ambiente simples, até hospedagens mais estruturadas, com vista para o mar e acesso facilitado à vila dos pescadores e à Fazenda Marinha.

Outras concorrentes

  • ANTÔNIO PRADO (RS) – Fundada em 1886 como a última colônia oficial da imigração italiana no Rio Grande do Sul, Antônio Prado está situada na Serra Gaúcha, com clima temperado e paisagem marcada por vales, rios, matas e áreas produtivas. Seu centro histórico abriga o mais autêntico conjunto arquitetônico da imigração italiana no Brasil, com 48 edificações tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), integradas a um rico patrimônio imaterial. As políticas culturais promovem a valorização de saberes tradicionais, como o artesanato, com apoio institucional à comercialização e à formação de novos artesãos, fortalecendo a transmissão de conhecimentos intergeracionais.
  • CONCEIÇÃO DE IBITIPOCA (MG) – A vila de Conceição de Ibitipoca, situada na serra de mesmo nome, preserva rica história e destacada beleza natural. Seu nome, originário do tupi-guarani, evoca os sons que ecoam pelas montanhas, significando algo como “serra que explode”. Antigo caminho dos bandeirantes na época do ouro, a região ostenta um tesouro religioso: a Igreja Matriz da Imaculada Conceição, erguida no século XVIII. A acolhida calorosa, a preservação das tradições e o esforço da comunidade em prol do turismo sustentável consolidam a vila como um modelo de destino consciente.
  • DELFINÓPOLIS (MG) – O município de Delfinópolis, devido à sua extensa área rural e seus distritos adjacentes, valoriza e incentiva os valores rurais e culturais da chamada “Cultura Canastreira”, vinculada ao estilo de vida dos moradores da Serra da Canastra. Dentre os potenciais turísticos do município, destaca-se a gastronomia e a cultura canastreira, principalmente a produção do Queijo Canastra, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial pela UNESCO. Além da tradição do Queijo Canastra, Delfinópolis também se sobressai na produção de banana e soja. O município conta ainda com um grupo de artesãs, “Arteiras da Canastra”, que utiliza materiais naturais para a produção de artesanatos que retratam a cultura local.
  • GRÃO MOGOL (MG) – Possui belezas naturais e histórico-culturais que retratam séculos da história local. Para os que buscam qualidade de vida, simplicidade, tranquilidade e autenticidade, o município é um destino recomendado. Grão Mogol apresenta uma extensa produção agrícola, que se integra a um ambiente rural característico da região. Hospedagens rurais com vivências do cotidiano do produtor, em meio à natureza, paisagens do cerrado e a gastronomia mineira completam o cenário do município. Grão Mogol representa singeleza, raridade e calmaria em um ambiente rico em histórias, desde o período diamantífero até as tradições intergeracionais preservadas atualmente.
  • LEOBERTO LEAL (SC) – Leoberto Leal, pequena cidade situada na região da Grande Florianópolis e com economia baseada na agricultura familiar, convida à imersão no autêntico interior catarinense, onde a tradição se entrelaça com a exuberância da natureza. A cidade revela-se um portal para experiências únicas, convidando os visitantes a explorar a Rota Caminho do Louvor, uma jornada de fé que conecta santuários em meio a paisagens inspiradoras. Ao final de cada dia, chalés aconchegantes propiciam o descanso em meio à natureza, proporcionando noites tranquilas. Leoberto Leal celebra a harmonia entre tradição, fé e ecoturismo, oferecendo vivências genuínas.
  • LINHA BONITA (RS) – Localizada no alto das montanhas da Serra Gaúcha, com estradas sinuosas, é cercada pela beleza da Mata Atlântica. Foi fundada por imigrantes italianos que buscaram no Brasil uma oportunidade para superar a fome e a pobreza que dominavam a Europa. Ali, as famílias receberam pequenos lotes ao longo de uma estrada principal – a Linha –, onde precisaram construir, com forte espírito comunitário, as condições de sobrevivência que transformariam o futuro daquele lugar. Seus descendentes permanecem cultivando o amor pela Linha Bonita, onde cultura, ruralidade, histórias e memórias se mantêm vivas e, desde 1980, são compartilhadas com turistas por meio de roteiros que oferecem uma imersão profunda nas raízes de Gramado.
  • PIRAÍ (SC) – Cercada por montanhas e vastos arrozais, a região destaca-se por suas belas paisagens. Possui estradas rurais que permitem pedalar, caminhar e observar a diversidade da flora e fauna locais. É conhecida por seus rios, cachoeiras e piscinas de água natural, além de diversos atrativos e atividades para conexão com a natureza. A região ainda preserva sua tradição da colonização alemã, com construções em estilo enxaimel que datam do século XIX, além da tradicional Festa do Colono, realizada anualmente com o objetivo de preservar as tradições do campo e da cultura germânica.

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