O governo brasileiro avalia a reintrodução do horário de verão já em 2025, em meio às crescentes preocupações com a capacidade do sistema elétrico nacional. A medida, que foi extinta em 2019 após estudos indicarem baixa economia de energia, volta à pauta diante do aumento da demanda e dos debates sobre alternativas para equilibrar consumo e oferta.
Para o Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e Região), o retorno do horário de verão teria impactos positivos que vão além da questão energética, refletindo diretamente nos setores de comércio, serviços e turismo. “Com mais luz natural à noite, os estabelecimentos comerciais podem estender o horário de funcionamento, atraindo novos clientes e gerando mais oportunidades de vendas. Nas cidades turísticas da nossa região, essa mudança também favorece a movimentação de visitantes, que aproveitam as horas extras de claridade para passeios, compras e lazer”, destaca o presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP, Dan Guinsburg.
Segundo a entidade, a adoção do horário de verão também pode estimular hábitos de consumo mais ativos. “Com o dia mais longo, os consumidores tendem a sair mais de casa, aproveitando o clima e a sensação de segurança que a luz natural traz. Isso pode significar um aumento no fluxo de pessoas nas ruas e, consequentemente, mais vendas para o comércio local”, acrescenta Dan.
O Sincovat reforça ainda que a medida poderia contribuir para dinamizar a economia regional, especialmente em períodos estratégicos para o varejo e para o turismo, criando um ambiente mais favorável tanto para os empresários quanto para os consumidores. Horário de Verão
O horário de verão no Brasil foi adotado pela primeira vez em 1º de outubro de 1931, através do Decreto 20.466, abrangendo todo o território nacional. Foi designado pela sigla internacional BRST (Brasília Summer Time), e equivale a UTC −2 (salvo em MT e MS, onde equivale a UTC −3, e sua sigla internacional foi AMST (Amazon Summer Time). Houve vários períodos em que este horário não foi adotado, porém de 1985 até 2018 o horário de verão foi adotado anualmente. Até 2007, a duração e a abrangência geográfica do horário de verão eram definidas anualmente por decreto da Presidência da República.
Em 8 de setembro de 2008 foi publicado, pela Casa Civil da Presidência da República Brasileira, o decreto n° 6.558 que definiu regras para as datas de início e término do horário de verão no Brasil. Ao longo do tempo a abrangência (inicialmente nacional) foi reduzida sucessivas vezes. Até 2018, em sua última configuração, o horário de verão foi adotado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Em 25 de abril de 2019, o então presidente Jair Bolsonaro assinou decreto revogando o horário diferenciado no Brasil, com a alegação que a medida vinha representando economia de energia relativamente baixa e poderia causar desgastes na saúde da população com a alteração. Além disso, segundo o Ministério de Minas e Energia, devido a mudanças nos hábitos de vida dos brasileiros, o horário de maior consumo de energia passou do período da noite para o meio da tarde.
Após essa revogação, houve anúncios de que o Horário de Verão retornaria ao Brasil em 2025. Segundo informações divulgadas, a medida, caso aprovada, está prevista para vigorar entre 00:00 do dia 16 de novembro de 2025 e 00:00 do dia 15 de março de 2026, abrangendo as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com o objetivo de aliviar a pressão sobre o sistema elétrico durante os horários de pico. Até o momento, não há decreto oficial publicado confirmando estas datas.
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