O NUPES (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade de Taubaté) divulgou o resultado de sua pesquisa mensal relacionada ao preço dos produtos que integram a cesta básica nas cidades de Taubaté, São José dos Campos, Caçapava e Campos do Jordão. O parâmetro, em termos de valor, para essa família, é um poder de compra de 5 salários-mínimos vigentes no mês de janeiro de 2025, que representa valor de R$ 7.590,00.
No mês de setembro, os dados apontam a continuidade da tendência de queda nos preços, sendo o sexto mês consecutivo de diminuição no valor da cesta básica. O valor médio da cesta básica, que em agosto era de R$ 2.855,93 passou para R$ 2.840,23 em setembro, o que representa uma redução de R$15,70 ou – 0,55%. A pesquisa do NUPES aponta que este recuo resulta de uma combinação de fatores sazonais, variações nos preços dos alimentos e a boa oferta de produtos agropecuários nesse momento.
A maior redução foi em São José dos Campos com – 0,78% e a menor variação em Taubaté + 0,02%, cabe destacar que no mês anterior, Taubaté era o município com menor preço e isso pode explicar a estabilidade em relação ao mês anterior. Campos do Jordão continua sendo a cidade com maior preço da cesta básica, com o valor de R$ 2.917,11 e São José dos Campos a cesta mais barata da região com o valor de R$ 2.799,91. A diferença no preço da cesta mais cara em relação a cesta mais barata, entre os dois municípios, (São José dos Campos em relação a Campos do Jordão) foi de + R$ 117,20, percentual de + 4,02%.
A competição entre os supermercados e os custos de logísticas podem explicar essas diferenças entre os preços da cesta nos munícipios. A prévia da inflação nacional, IPCA-15 medido pelo IBGE, registrou redução nos preços da alimentação em 0,35%, até a primeira quinzena de setembro, resultado esse, também identificado pela pesquisa do NUPES.
Outro parâmetro na análise dos preços da cesta básica considerado pelo NUPES é o percentual de renda comprometida para a aquisição da cesta básica no Vale do Paraíba. Este parâmetro é importante porque o aumento dos preços dos produtos da cesta básica afeta mais diretamente as famílias com menor renda. Em setembro este percentual foi de 37,42% frente a 37,63% em agosto. Assim, o valor que resta para gastos com outras despesas diversas das famílias, como saúde, educação e transporte, ficou um pouco maior em setembro quando comparado ao mês anterior, por conta da variação de – 0,55% de redução no preço da cesta, em setembro, e o salário-mínimo nesse mesmo mês não foi reajustado.
As variações nos preços dos produtos da cesta básica nos últimos seis meses são movimentos nos mercados agrícolas, que sofrem influência de diversos fatores sazonais e conjunturais. As quedas nos preços ainda refletem as boas safras com alta produtividade, particularmente, devido às condições climáticas favoráveis. Os produtos que apresentaram maior queda de preço em setembro foram: tomate (-16,12 %), alho (-13,97 %), batata inglesa (-10,63 %) e cebola (-9,90 %). Já os que tiveram aumento de valor foram: cenoura (+ 6,29%), carne bovina – alcatra (+4,45%), banana nanica (+4,11%), óleo de soja (+3,33%) e bisteca de porco (+3,15%).
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