As mulheres ganham 19,1% a menos do que os homens no estado de São Paulo. É o que aponta o 1º Relatório de Transparência Salarial já publicado no país com recorte de gênero. O documento, apresentado nesta segunda-feira, 25 de março, pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego, contém os principais dados extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários – perfil exigido por lei para apresentar os dados para o Governo Federal.
No total, 16.536 empresas paulistas responderam ao questionário. Juntas, elas somam 6,2 milhões de empregados. A exigência do envio de dados atende à Lei nº 14.611, que dispõe sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens. A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em São Paulo, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 24,2%.
O relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho, também recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.446,54, a da não negra é de R$ 5.437,78. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 4.350,22 e os demais, R$ 6.715,58. O relatório também contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.
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