Os vereadores de Taubaté aprovaram em votação única no dia 16 de abril o projeto que cria solenidade comemorativa dos 350 anos da fundação do Convento Santa Clara em Taubaté. A solenidade deverá ser realizada em 26 de junho. Em 25 de março de 1674, foi lavrada a escritura através da qual os oficiais da Câmara e o povo da Vila se comprometeram a construir o prédio para um convento que abrigaria os religiosos de São Francisco, da Ordem dos Frades Menores da Regular Observância provindos do Rio de Janeiro.
O primeiro guardião foi Frei Jerônimo de São Brás. Frei Joaquim das Dores Bueno foi o último guardião dessa Ordem Franciscana. Os franciscanos viveram por mais de 80 anos no Convento Santa Clara. Depois, sem a permissão de receber noviços, deixaram o convento, que ficou sem a presença religiosa por mais de 100 anos. Em 5 de dezembro de 1868, extinguiu-se a primeira fase da história do Convento Santa Clara, desativado pela Província Fluminense da Ordem Franciscana, à qual o mosteiro de Taubaté estava subordinado.
Outras atividades ocorreram no prédio após a saída dos franciscanos. Foi escola, instituto de agricultura e liceu de artes. O monsenhor Antônio do Nascimento Castro, vigário da Paróquia São Francisco das Chagas, ofereceu aos capuchinhos que tinham cuidado do Seminário Diocesano de São Paulo o antigo Convento Santa Clara. Em 1842, o prédio foi parcialmente destruído por um incêndio. Reconstruído em outubro de 1886, o convento recebeu a visita do imperador Dom Pedro II. Os novos religiosos se estabeleceram ali em 1892, e em 1896 foi instalado nas dependências do convento o Seminário Seráfico São Fidélis e criado o primeiro noviciado da ordem no Brasil.
O prédio passou por várias reformas em 1927 e 1967. Em 1986, a parte remanescente da construção primitiva, a torre sineira, foi tombada pelo Iphan. Com o decreto da Sagrada Congregação dos Religiosos de 30 de outubro de 1939, o noviciado foi defi nitivamente instalado em Taubaté, depois de ter sido construída uma parte nova no convento para esse fi m. O frei Luís de Santiago, primeiro guardião dos capuchinhos entre 1892 e 1894, fundou o Lar Escola Santa Verônica. O projeto depende de promulgação pelo presidente da Câmara.
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