Prefeitura ou Câmara: qual orgão valoriza mais seus servidores?

A valorização do servidor público é um tema recorrente e necessário em qualquer administração pública. Em Taubaté, dados recentes apontam uma pequena enorme diferença entre os benefícios oferecidos aos servidores da Prefeitura e aos que servem o poder legislativo. A comparação, inevitavelmente, provoca uma reflexão: QUAL ORGÃO VALORIZA MAIS SEUS COLABORADORES?

Desta forma, vamos apontar alguns fatos respeitando as devidas proporções.

AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO

Na Prefeitura, o benefício é limitado a quem recebe até R$ 2.895,55, com um valor ínfimo de R$ 178,00, repassado por meio de um cartão limitado aos estabelecimentos conveniados. Já na Câmara, o auxílio alcança o valor R$ 1.347,10, pago em dinheiro, para todos os servidores, independentemente da faixa salarial. Uma diferença de 650%.

REAJUSTE SALARIAL

A disparidade continua. Enquanto os servidores do Legislativo receberão um aumento de 4,3% retroativo a 1º de maio, os servidores da Prefeitura ainda não tiveram reajuste este ano. Considerando a inflação acumulada, trata-se de uma perda real de poder de compra. Em 2022, os funcionários da Câmara tiveram reajuste de 9% nos vencimentos. Em 2023, de 5,75%. E em 2024, de 4,6%. Os servidores municipais após 3 anos sem revisão (Governos Ortiz Jr. e José Saud) receberam em 2022 revisão parcial variando de 0,5% a 87% dependendo do cargo, Em 2023 de 7%, e em 2024: 4%.

ASSISTÊNCIA MÉDICA

Na Câmara, um novo projeto propõe reembolsos proporcionais à faixa salarial e idade do servidor, com valores entre R$ 404,13 até R$ 942,97 para os salários até R$ 14.818,10, e até R$ 808,26 para salários acima de R$ 17.512,30. O valor para cônjuges e filhos também será unificado em R$ 404,13, independentemente da renda do titular.

Na Prefeitura, o modelo permanece sem progressividade por idade. Os subsídios seguem uma lógica estritamente salarial: quem ganha até R$ 2.171,75 recebe R$ 321,81; até R$ 4.343,19, recebe R$ 226,20 e até R$ 7.238,55, o valor cai para R$ 160,91. Acima disso, não há subsídio. Ou seja, quanto mais o servidor contribui com sua capacidade e experiência, menos apoio recebe para cuidar da própria saúde. A diferença entre os benefícios evidencia uma política de valorização muito mais presente na Câmara do que no poder Executivo. São estruturas com verbas e realidades diferentes, mas dentro da mesma cidade e servindo à mesma população.

USO DE SERVIDORES

Ná prática o discurso de que ‘nós vreadores estamos com vocês servidores”, é um pouco diferente da realidade, votando a favor dos servidores para pressionar o executivo quando os interesses pessoais prevalecem ou em períodos pré eleitorais. Prova disto são os valores pagos aos servidores de forma desproporcional entre as duas estruturas administrativas, o plano de carreira engavetado na Câmara é outra produto de manobra usado quando é conveniente. Não podemos esquecer do espetáculo montado em 2023, durante o desastroso governo José Saud, aprovando pela segunda vez de forma irresponsável a reforma administrativa inconstitucional que agora assombra o servidor com a exoneração.

CONCLUSÃO

A pergunta que fica é simples: por que não buscar um padrão mínimo de equidade e reconhecimento entre os servidores públicos? A valorização do funcionalismo não deve depender do prédio onde se trabalha, mas sim do reconhecimento ao trabalho prestado.


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